quinta-feira, 29 de setembro de 2011

FONTE DOS NAMORADOS













Já terá tido melhores dias!... Namorados é que não vi por lá; também, se nem a água é controlada! :-)

Nesta mesma rua, onde a fonte se localiza, e que leva o curioso nome da Comissão d'Iniciativa, também não avistei comissão que fosse e nem iniciativa alguma..., mas um outro belo recanto convidativo ao namoro, porém igualmente deserto... Por onde se perderão os namoradinhos leirienses, hem!?

sábado, 24 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

PORCALHÕES



Isso mesmo! Nem mais! Tout court!... PORCALHÕES! cuja presença se faz igualmente sentir em Leiria, nomeadamente no Centro Histórico, a requalificar!, cerca de um século depois, e nem sequer servindo o intuito do desabafo...





Uma tristeza!... Porque é que não vão lá escrever nas paredes deles?...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

Resignados


Ilust.


"Entre tantos prantos de dor, continua a florir a mais santa resignação que felizmente ainda tem as mais profundas raízes no coração do nosso povo"


Pois tem!... Agora, se "felizmente", é caso para pensar...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Revitalização do Centro Histórico

Nasci e cresci no agora denominado Centro Histórico, zona da cidade quase por completo despovoada e cada vez mais degradada...


Regressei à minha nobre cidade, qual emigrante saudosa do seu "Castelo altaneiro" e das memórias de menina de um tempo tão diferente que parece ter sido noutra vida! É certo que nunca daqui estive completamente afastada e nem deixei de ir observando as mudanças, as deslocalizações, o crescimento..., mas também é verdade que apenas a permanência, de novo como residente, me revelou nitidamente o que é residir agora no proclamado Centro Histórico. Falo, note-se, da parte baixa, da Sé, pela Rua Direita (Barão de Viamonte), ao Terreiro (Largo Cândido dos Reis) e daqui ao Mercado velho.

Partindo do Largo da Sé






e entrando na Rua Direita, vamos encontrando prédios, uns em reconstrução, outros em degradação e vetustas lojinhas resistentes à era das grandes superfícies





De Gonçalo Byrne (ainda n/ parente) é o traço do novo Centro Cívico, quanto a mim, um enorme mamarracho, absolutamente desenquadrado da arquitectura da zona, de que se anunciava ficar concluído em Junho deste ano, mas cujas obras continuam...





Continuando pela rua menos direita da cidade, encontramos simpáticas lojinhas como esta




a fazer lembrar as que igualmente se instalaram no Bairro Alto, onde, como em Lisboa, o Fado também mora





E, quase ao chegar ao Terreiro, um espaço onde pode "gravar na sua pele" as marcas que melhor lhe ficarem...



Já no Terreiro, propriamente dito, o negócio é mais bares, embora já tivesse havido mais do que há agora, o que muito contribuiu para a deserção de grande parte de moradores, devido ao barulho e insegurança que geram as hordas de jovens que, noite dentro, invadem o sossego de quem por lá reside... De manhã, bem se nota o desrespeito de muitos que, por toda a parte, deixam as marcas de vândalos da modernidade...


Praticamente sem moradores, o edificado à volta do Terreiro tem-se vindo a degradar, alguns prédios estão em risco de ruir e, salvo um ou outro caso de restauro digno de nota, como é o caso do Solar dos Athaídes, presentemente propriedade da Caixa de Crédito Agrícola, outros edifícios históricos, como o Solar do Barão de Salgueiro, encontram-se em estado mais que comatoso... O meu prédio de família, um entre os que ainda se encontram em estado habitável, mas a pedir algumas obras de manutenção e beneficiação, tem sofrido algumas investidas dos amigos do alheio, que obrigam mesmo a que se utilize sistemas de segurança reforçados, se pretendemos que não voltem a invadir a nossa propriedade e se apropriem pelo que, de direito, lhes não pertence... Tínhamos pensado fazer umas obras de restauro e voltar para lá a tempo inteiro, mas ontem fiquei com dúvidas... Acontece que, já há uns anos, os serviços competentes andaram a semear, pelo Largo, pilaretes metálicos de diversas grandezas, a fim de impedir o estacionamento e perservar, para os bares, espaços de mesas ao ar livre (!?). Ficaram, assim, os residentes sem qualquer local para estacionamento, sendo que o que a esse fim se destina é por demais escasso, mesmo presentemente que apenas uns poucos ali residem, que fará se as casas começarem a ser rehabitadas!... A agravar a situação, decidiu quem pode reservar um espaço, no topo do Terreiro, a "Cargas e Descargas". Ora, quando vou lá a casa, onde os meus pais residiram até há pouco tempo e onde é ainda morada do meu nonagenário pai, estaciono o carro perto dos correios velhos, quando há lugar, mesmo a pagar, ou mais longe, mas sempre a pagar; mas, quando vou com o meu pai ou vou largar ou carregar alguma coisa de ou para casa, tenho mesmo que largar o carro ali perto; ontem, foi um desses dias. O carro ficou ali e, de vez em quando, como o que tinha a fazer se tinha complicado e estava a demorar um bocado, lá vinha eu à janela, preocupada em poder estar a prejudicar outro(s) utente(s), situação que não se verificou... porém, quem apareceu a mandar-me retirar rapidamente a viatura "que já ali estava há muito tempo" e a dar-me "cinco minutos para o fazer", foi um polícia a quem eu muito teria agradecido, sim, que evitasse que, por diversas vezes, a coberto da impunidade de que gozam os ladrões e quejandos, tivessem arrombado as portas da casa e ocupado as instalações e tivessem alguns bárbaros, aproveitando os paralelipípedos que, durante alguns meses, os serviços competentes deixaram estivados na rua, tivessem literalmente esmigalhado vidro a vidro toda uma janela do r/c que, objecto de anterior vandalismo, já tinha sido devidamente protegida com rede exterior que, contudo, se mostrou ineficaz... Eu bem sei que zelar pela indevida ocupação de espaços também faz parte das funções daquela autoridade, mas parece-me que, numa zona tão cheia de problemas provocados por marginais que constantemente arrombam portas de prédios e os invadem, seria razoável começar por "defender" quem estoicamente ainda se atreve a por ali residir... Digo eu! e pergunto: os residentes do Centro Histórico não têm direito a ter viatura própria? É que, havendo escassíssimos lugares para residentes e pouquíssimas garagens, é o mesmo que decretar essa proibição... Quem vai cuidar da sua casinha numa situação destas? Bem me parece que há muito quem esteja interessado em que os últimos antigos moradores do Centro Histórico deem às de Vila-Diogo, como já tem vindo a acontecer com grande parte deles e sucessores, a maior parte dos quais nem quer ouvir falar desses herdados bens que só despesa lhes dão... Sim, porque os Impostos, Revitalizados, a gente paga!...