Comemora-se hoje o dia de dois Antónios famosos, que, mais do que este nome, comungaram igualmente o de Fernando bem como a data de 13 de Junho,
um, nascido em Lisboa, Fernando de Bulhões, falecido a 13 de Junho em Pádua, internacionalmente conhecido como Santo António, poderoso milagreiro e casamenteiro;
o outro, nascido em Lisboa a 13 de Junho, de sua graça Fernando António Nogueira Pessoa, mundialmente conhecido por Fernando Pessoa, um dos maiores Poetas da Literatura Universal.
Por todo o país, houve arraiais a comemorar a noite de Santo António, tempo que se aproveita para a folia e uma breve felicidade...
Mais difícil me parece, nesses caminhos, lembrar Pessoa, igualmente Fernando e António. De todas as mensagens que nos deixou, a que mais adequada me parece, para lembrar no hoje que vivemos, é o poema intitulado "Nevoeiro" da "Mensagem"
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Valete, Fratres
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