quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Igreja de Chãs

A demolição da centenária Igreja das Chãs é, por certo, como diria Victor Hugo, um caso de cumplicidade vergonhosa entre um governo que faz o mal e o povo que o consente; e é igualmente, entre tantas, mais uma amostra da decadência lusa.
A deliberação deste crime contra o nosso Património foi aprovada em reunião da C.M.L., viabilizada pela maioria socialista do executivo. O nome dos mentores deste acto desnecessário, que mais nos empobreceu, não deverá ser esquecido - o padre Isidro Alberto e o do presidente da junta de Regueira de Pontes, Amílcar Gaspar; deveria pensar agora o povo cúmplice na melhor forma de homenagear estes fregueses pelo tanto que fizeram pela freguesia...

Padre Isidro Alberto

Agora, quando se passa no local onde dantes se erguia a Igreja de Nossa Senhora das Necessidades, a paisagem é outra - um terreiro amplo com, ao fundo, uma igreja muito modernaça, um edifício atípico que poderia ser qualquer outra coisa que não um lugar de um culto qualquer...

E chega-nos, então, mesmo aos mais ateus, aquela necessidade de implorar à Senhora das Necessidades que olhe por nós e nos ajude a superar esta tão profunda crise...
"Isto", que a seguir se mostra, foi o que se perdeu... Pouca coisa, pelos vistos, para aqueles que determinaram mais esta "limpeza"...
Aqui ficam as fotos, para conhecimento das gerações vindouras, de um património que sempre fará parte da nossa memória colectiva











(Fotos do "Região de Leiria")

4 comentários:

  1. É esta a Igreja Católica? São estes os Católicos? Preferem um caixote que dá para fazer patuscadas a ter um local emblemático, apelativo à concentração e à oração?!

    Grandes Católicos que me saíram, a começar pelo Padre!

    António Nunes

    ps.: tenho algumas referências no meu blogue sobre este tema
    http://dispersamente.blogspot.pt/search/label/ch%C3%A3s

    Tantos anos que eu frequentei as Chãs; trabalhei para aí 30 anos para um dos maiorais lá do sítio: Luís Caçador. Tão fiéis, devotos, missas, casamentos, batizados, cheguei a assistir a algumas cerimómias.
    Então? afinal a alma não precisa do aconchego de uma capela com a "vida" que aquela tinha?
    Não consigo compreender esta atitude. Simplesmente contraditória. Quer-se uma nova igreja para "mostrar serviço", para justificar "doações"/trocas de terrenos, sei lá.

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  2. Também não entendi esta decisão. Mas também não é para eu entender: não sou leiriense nem de religiões. Só lamento em termos de memória do povo.

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  3. Até na Igreja se nota a crise, não é António?

    Não é necessário ser-se religiosa nem leiriense para lamentar uma decisão destas, digo eu... Basta ser portuguesa! afinal, é um atentado contra o nosso património, não é? Mas, claro, grande parte de nós valoriza pouco o que é nosso...

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  4. Desde que não destruam a propriedade pública,...tudo bem.

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